Desde o início, lá pelos anos trinta, a música sertaneja passou por importantes inovações. O ritmo inicialmente a toada, a moda de viola, o cateretê e o cururu passou a contar com o rasqueado, o xamamé, a guarânia e a polca paraguaia introduzidos principalmente por Raul Torres. Aos instrumentos básicos de acompanhamentos e arranjos como a viola, o violão e a sanfona se juntaram vários instrumentos de orquestra. Mais algum tempo depois o primeiro bolero Boneca Cobiçada por Palmeira e Biá abriu espaço para novos ritmos, novos estilos, novos temas, nova instrumentação e novo público.
O êxodo rural, na minha opinião, no final dos anos setenta influenciou sobremaneira a mais importante transformação: ritmos modernos, instrumentos eletrônicos, letras sem rimas e temas incoerentes. Começaria aí o longo processo de mudança (descaracterização) que resultaria, a partir da década de oitenta, no que se conhece atualmente como
sertanejo urbano, sertanejo moderno, sertanejo universitário, sertanejo sei o que lá, ficando o verdadeiro sertanejo identificado como sertanejo raiz ou moda caipira. O gênero sertanejo é tão forte, tão enraizado no coração dos que trazem a mente carregada de imagens vivas das coisas do sertão em forma de saudade, que os intérpretes modernos se auto-intitulam sertanejos - "bão pra nóis, né?
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Meu abraços a todos. Participem e divulguem!
Everaldo Reis Teixeira
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