Rádio Café Viola toca o melhor do sertanejo raíz

quinta-feira, 31 de março de 2011

ENCONTRO DE VIOLEIROS - POR JOÃO CLÁUDIO

Com características totalmente do reconhecido internacionalmente Mercado Central, onde de tudo há pouco e algo mais pela fama de levar a todos impulsionados por inesquecível credibilidade e pautada organização, o MERCADO NOVO, situado no quarteirão da Rua Tupis com Goitacazes e Rio Grande do Sul com Olegário Maciel, na capital mineira. Tem administradores menos dedicado embora um público interno com intensa atividade, ficando na parte de baixo os restaurantes, bares e comércio de alimentícios e variedades e nas duas superiores uma enorme gama de atividades de oficinas gráficas e tipografias. Mas o que tem de comum na área central são os LUTIERS que, somados são dez além de duas escolas de viola, a primeira do Zé da Viola, falecido há alguns anos e administrada pela sua esposa que no professor Diogo Ramos o sucessor. Do outro lado a escola de viola e núcleo de cantorias aos sábados a partir das 10 horas, sob a influência do também falecido Vicente Machado. Por tudo isso, quem quiser na área central ir direto ao assunto aprender a tocar viola, deve dar uma passada por lá. A roda começa às 10 horas e vai até às 15 horas. Colaboração: de João Sargento

Everaldo Reis Teixeira
saladevioleirosd.blogspot.com

quinta-feira, 10 de março de 2011

LEMBRANÇAS

CIDADE PEQUENA
DO INTERIOR
SAUDOSA MORENA 
DE OLHAR SEDUTOR
CIDADE PEQUENA 
DO INTERIOR
DE LONGE ME ACENA 
POR ONDE EU FOR.
"Saudade não tem raça e não tem cor" - já cantava Mazzaropi. Mas é a conjunção do pretérito mais que perfeito com o presente, com o agora, somando riqueza existencial. Sem boas raízes o vegetal não sobrevive, sem flores não exala perfume, não produz frutos. Quero falar aqui da minha pequena Ituiutaba, grande no meu coração. Ituiutaba dos meus amores, dos meus amigos, das quermesses, da grande gameleira e da fonte luminosa na praça da Matriz e do enorme Cine Teatro Capitólio - 1700 poltronas - das boates Tabaris e Continental,da zona boêmia mais concorrida, a famossa "vinte e cinco". Das carroças de pão fazendo blim blom pelas madrugadas. Ituiutaba da Radio Platina e seus avisos pitorescos: "Alô, fazenda Rabo da Cerca.Fulano avisa a sua sogra beltrana que sua filha cicrana deu à luz uma linda menina, de três quilos e meio. Pede para vir e trazer 4 galinhas. Mãe e filha passam bem. "Alô, alô,fazenda Salto do Sapato. Fulano avisa a sua noiva beltrana que não quer mais o noivado. A aliança segue no ônibus das duas horas. Favor esperar no ponto". Ituiutaba do safoneiro Nhozinho, de Praião e Prainha, de Nilton César, de Moacir Franco,de Ronaldo Adriano, do escritor Luiz Vilela e muitos outros. Ituiutaba destaque na produção agrícola nos anos 70 (a capital brasileira do arroz, então cognominada "ARROZCAP"), e da importação de "paus de arara" (nordestinos) para o trabalho na roça. Ituiutaba da pensão São Pedro e pensão Chico Binha. Ituiutaba das festas de reis, dos bailes de terreiro e caminho de grandes boiadas de Goiás para Barretos. Ituiutaba e região onde eu vivi intensamente a maior parte de minha vida, de onde trago as mais doces lembranças que me auxiliam na construção de novos motivos para futuras saudades.
A ti, Ituiutaba, minha terna e eterna gratidão.

Everaldo Reis Teixeira
saladevioleiros.blogspot.com