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quinta-feira, 13 de março de 2014

FILHO DA ROÇA

Sou filho da roça morei em palhoça
De beira de rio em tempo de frio
Sou filho caçula criado sem gula
Não tive escola nem tempo pra bola
Ainda menido bem posto e traquino
Serviço pesado fazia dobrado
Enquanto crescia também aprendia
Fazer tudo certo sem ninguém por perto

Finais de semana eu todo bcana
No meu alazão dobrava espigão
Pra ir à festança de reza e dança
Eu não só rezava também namorava
E tinha um plano aos 21 anos
Mudei pra cidade por necessidade
Passei privação aprendi profissão
Depois me casei e divorciei

Ganhei quatro filhos exemplos de brio
Encheram meus dias de grande alegria
Carrego saudade e muita vontade
De sempre crescer sem enfraquecer
É grande a distância da minha infância
Embora matuto colhi belos frutos
Cansado de nada nem penso em parada.

Everaldo Reis Teixeira
saladevioleiros.blogspot.com

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